Canção da fronteira

Avatar de António Cabral

Publicado em

Moça tão formosa
não vi na fronteira
como uma ceifeira
que cantava rosa.

Foi em Barca d’Alva
quando o sol nascia
uma ceifeira cantava
cantando vertia
trovas na fronteira
quando o sol nascia.

A saia de chita,
bluzinha limão.
Que coisa bonita
sobre o coração!
Nos ramos da luz
um fruto limão.

De foice na mão
suspensa dum sonho
mordendo dois bagos
rubros de medonho;
seus olhos dois bagos
suspensos dum sonho,
que engano de rosa?

Música e interpretação por Adriano Correia de Oliveira

Newsletter

O correio que traz poesia