Novos poemas durienses

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Novos poemas durienses (capa)
Vila Real : Livros do Nordeste, 1993

“Sem perda de ternura, ironia, desenvoltura, modernidade sem afectação e outros valores que fazem merecer a esta escrita maior reconhecimento do que o já alcançado.”

Francisco Bélard

Opiniões


“Muito embora a obra deste escritor transmontano-duriense se regionalize em muitos dos seus títulos – Falo-vos da montanha (1958), Os homens cantam a nordeste (1967), Aqui, Douro (1979), de entre outros, a sua bibliografia atribui-lhe um estatuto que ultrapassa as fronteiras nacionais.

Neste seu Novos poemas durienses, o grande poema “A quinta do Sr. Smith” com 23 subtítulos quase que recorda a odisseia desse precioso néctar que é o vinho do Porto, num conjunto poético de unidade e vida próprios e que vão desde “Flutuações”, passando por “Panóias”, “O país vegetal” e “Abril”, para terminar em “O corpo”. “Quem ouve um corpo subterrâneo? Quem o vê / no cofre vagabundo das borboletas?”
Já em obras anteriores o escritor havia transformado a alma e beleza duriense (e o Douro em António Cabral vai muito além dos socalcos dos vinhedos) em quadros onde o óleo é substituído pela palavra que manobra com mestria.” 1


“Sem perda de ternura, ironia, desenvoltura, modernidade sem afectação e outros valores que fazem merecer a esta escrita maior reconhecimento do que o já alcançado.” 2

  1. INOCENTES, Orlando. O Correio do Douro. Valongo (22 Abril 1993) ↩︎
  2. BÉLARD, Francisco. Expresso. Lisboa (1994) ↩︎